domingo, 12 de janeiro de 2014

TSE tira poder do Ministério Público para instaurar investigação por crimes eleitorais.



Há alguns dias escrevi um texto sobre a prática Gramsciniana do PT, ao tomar as instituições da República para efetivar um projeto de poder que fosse capaz de lhe garantir muitos anos como o partido preponderante. No STF, a face mais nítida dessa estratégia está inserta nos ministros Dias Tofolli e Ricardo Lewandowski, pelo menos por enquanto, já que outros ministros parecem querer agradar ainda mais a esquerda brasileira em seus votos e seus pronunciamentos.
No caso do Mensalão, os acusados sequer precisavam ser defendidos por advogado, já que Lewandowski exerceu esse papel melhor do que qualquer um! Isso sem falar no fato de ele, como revisor, ter segurado os autos por quase um ano, só liberando para julgamento em razão de um puxão de orelha do presidente daquela Corte, tendo em vista o risco de prescrição.
Dias Tofolli sequer deveria ter participado do julgamento, já que foi advogado do PT por muitos anos e sua companheira atuou como advogada de um dos mensaleiros ainda na fase inicial do processo. Contudo, a mando de Lula, um dirigente petista falou em alto e bom som que o ministro não tinha o direito de não participar do julgamento! Simples assim! Esse negócio de impedimento e suspeição são para os outros, não para o PT, que colocou o ministro lá com um objetivo definido!
Pois bem.
Tofolli agora apronta mais uma!
Ele foi relator de uma Resolução do TSE que retirou do Ministério Público Eleitoral o poder de iniciar investigações por crimes eleitorais. Segundo a Resolução, para que a investigação seja iniciada, o Promotor ou Procurador Eleitoral agora devem primeiro pedir autorização a Justiça Eleitoral.
Tofolli ainda soltou a seguinte pérola O que não pode haver é uma investigação de gaveta, que ninguém sabe se existe ou não existe. Qualquer investigação, para se iniciar, tem que ter autorização da Justiça (...) A polícia e o Ministério Público não podem agir de ofício.".
Bem, é isso que dá colocar no mais alto cargo do Judiciário um ministro, digamos assim, ignorante em matéria processual penal.
A natureza do inquérito policial é sigilosa e essa é uma lição básica do direito processual penal, pois o inquérito não serve para condenar ninguém, mas apenas para ajudar o Ministério Público a oferecer a denúncia, existindo entendimento pacífico de que ninguém pode ser condenado por provas produzidas exclusivamente na fase de inquérito policial.
O que o Ministro Tofolli quer é dar conhecimento aos seus chefes de que há investigações em curso, sendo que no âmbito da Polícia Federal, uma norma semelhante foi aprovada, devendo os delegados informar o Ministro da Justiça quando houver algum político sendo investigado. Assim, em um curto espaço de tempo o PT deu dois golpes em importantes Órgãos da República. No primeiro acabou com a autonomia da PF para investigar políticos, no segundo amarrou o Ministério Público que para investigar, terá que pedir autorização à Justiça Eleitoral.
Isso não é novidade, já que a esquerda que domina o Brasil não aceita que existam órgãos ou pessoas fora de sua esfera de poder ou de influência ideológica. Isso é mera repetição do que ocorreu na União Soviética, do que ocorre em Cuba, na Venezuela e em outros países dito socialistas.
O que mais me surpreende é que dentro de Órgãos como o Ministério Público, existam pessoas dispostas a abrir mão de suas prerrogativas constitucionais em favor da causa socialista, que busca entender seus tentáculos a ponto de não existir um único fato que não possa ser controlado pelo partido!
Não custa lembrar que ano passado, iniciou-se uma proposta de Emenda Constitucional que dava ao Congresso Nacional a última palavra em matéria de Constitucionalidade de uma norma, de modo que após o julgamento pelo STF, se fosse reconhecida a inconstitucionalidade de uma lei, a decisão só seria válida de o Congresso aprovasse o julgamento!!
Para o inferno com a independência entre os Poderes! O que vale é ameaçar o Judiciário quando o mesmo desagrada o partido, como no caso do mensalão em que companheiros foram condenados.
E mais uma vez, a democracia brasileira vai enfraquecendo, pois o câncer que se instalou nela fica cada vez mais forte!

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