sexta-feira, 14 de março de 2014

A criminalização do debate matou a política!



O processo civil e o processo penal são instrumentos para que o Estado, através de seus juízes, ofereça à sociedade à devida resposta ao direito buscado. De regra, tanto o processo civil quanto o processo penal chegam ao seu resultado final através de uma sentença.
Para se chegar a essa sentença, há um caminho a ser seguido e, durante esse caminho, algumas regras tem que ser respeitadas. Há dois princípios importantíssimos chamados CONTRADITÓRIO e AMPLA DEFESA, que, se violados, ensejam a nulidade do processo.
Funciona assim: se você entra com uma ação contra alguém, o juiz deve comunicar a ele que há uma ação contra sua pessoa para que ele possa se defender. Ao se defender ele faz suas afirmações e pode juntar provas dizendo que você não está com a razão.
Feito isso, você terá um prazo para se manifestar em relação ao que foi afirmada na defesa. Isso caracteriza o contraditório.
Se o juiz receber a ação e não tomar a providência de comunicar àquele contra quem se reclamou, ele tornará o processo nulo, pois violou o direito de defesa dele, pois em um Estado de Direito, todos devem ser ouvidos antes de serem sentenciados.
Mais grave ainda é quando o direito de defesa é violado no processo penal, já que do seu resultado, pode advir a privação da liberdade do cidadão, de modo que, por mais grave e cruel que seja a acusação, o acusado tem o direito de se defender através de um advogado ou defensor público. Esse direito é inviolável, sendo verdadeiro sustentáculo de uma sociedade minimamente desenvolvida em um mínimo padrão democrático.
Qual o ponto a que quero chegar?
O de legitimidade de um processo.
É o respeito a esses princípios que faz com que a sentença seja um meio de pacificar os conflitos existentes em uma sociedade. Ao final do processo, o vencido verá que na discussão realizada, seu adversário tinha razão e mais cedo ou mais tarde terá que se conformar com o resultado.
Assim, se ambos tiveram as mesmas chances, ganhou quem realmente tinha direito e fez-se justiça, de modo que a sentença foi legitimada pela participação do autor e do réu no processo.
Essa é uma importante regra da democracia.
Agora vamos trazer o mesmo raciocínio para o processo político.
Partidos participam do processo democrático e republicano através das eleições e sempre há um grupo vencedor e um vencido. Há o debate de ideias e de projetos políticos, cabendo aos eleitores decidir qual será o escolhido.
O vencedor irá administrar a máquina pública e o vencido irá para a oposição.
A oposição representará aqueles que não concordaram com o projeto vencedor, fiscalizando e denunciando as irregularidades cometidas pelo governo. Deve ainda cobrar o vencedor a cumprir com suas promessas de campanha, a fim de mostrar que, em seu lugar administraria melhor. A oposição deve criticar medidas equivocadas, acionar os órgãos de controle do Estado como Ministério Público, os Tribunais de Contas e também levar a irregularidades até a imprensa para que esta faça seu papel e informe a população do que de errado ocorre no governo, já que isso causa prejuízos a toda a sociedade que arca com desvios de dinheiro público para os ralos da corrupção.
Enfim, o trabalho da oposição é o que legitima um regime democrático, pois um Estado sem oposição política se torna uma ditadura, onde os governantes podem fazer o que bem entendem, sem a necessidade de prestar contas e sem o embate com seus adversários.
E aqui chego ao ponto.
No Brasil, a atividade da oposição política, após a chegada do PT ao poder, não foi legitimada, mas sim demonizada e criminalizada, por incrível que pareça!!!
O Partido dos Trabalhadores tem uma facilidade tremenda de pautar o debate político da maneira que melhor lhe interessar, criminalizando a atividade dos partidos de oposição quando os mesmos buscam fiscalizar ou mesmo contestar suas políticas.
Qualquer denúncia de corrupção contra o seu governo é golpe.
Qualquer notícia na imprensa que desagrade o partido é golpe.
Qualquer crítica que se faça, mesmo que devidamente fundamentada, é golpe.
Se aparecem políticos questionando a política de cotas raciais, logo são chamados de racistas.
Se há pessoas que discordam dos métodos violentos utilizados por movimentos como o MST, são imediatamente taxados de burgueses que odeiam os trabalhadores rurais.
Criticar de forma mais dura o despreparo de Dilma Rousseff, seus desvaneios, como o trem bala, e seus discursos sem pé nem cabeça é ato de desrespeito contra as mulheres.
Enfim, qualquer atividade política contrária ao PT é imediatamente desqualificada e criminalizada, sendo taxada de mera politicagem, ou seja, prática sem importância que visa apenas prejudicar algo de bom que está sendo feito!
O PT se colocou acima das críticas, acima da lei e da Constituição.
Com esse pensamento, resolveu fazer o que bem entendeu, pois imaginou que não havia quem tivesse coragem para botá-lo na parede e cobrá-lo por seus erros.
Esse papel, deixado de lado pela oposição, coube aos órgãos de imprensa, logo chamados de golpistas, afinal, estavam desestabilizando o governo e o país.
Vejam que a lógica é meio torta! A imprensa só deve noticiar o que o governo acha importante e não o que interessa para a população!
Segundo Lula, a imprensa só gosta de noticiar notícia ruim!!!
Ora, se até a oposição eles conseguiram calar, como não conseguem calar a imprensa???!!!!!
Usam da mesma tática criminalizadora, pois a imprensa que publica os crimes e as irregularidades do governo são taxadas como burguesas e de direita, que digam a Globo a e Revista Veja.
Nosso país está tão carente de representatividade para os insatisfeitos com o governo que qualquer fortalecimento da oposição já se mostra algo novo e salutar, já que perdemos aqueles debates acalorados e não temos mais as discussões de qualidade. O governo erra, grita, bate na mesa, chama a atenção, taxa os insatisfeitos de pessimistas, os “do contra” e fica tudo por isso mesmo!
Onde está meu representante?
Quem fala por mim?
Quem expõe minha insatisfação?
A oposição política é tão demonizada que, pasmem, nosso País é talvez a única democracia do mundo em que parece se proibido uma sigla usar o termo “liberal”, não acreditam? Onde está o Partido Liberal, de José Alencar, vice de Lula? Onde está o PFL - Partido da Frente Liberal, de Marco Maciel, vice de FHC?
Sumiram meus queridos!!!
Um virou Partido da República, o outro virou Democratas, pois ser liberal no Brasil é crime bem grave do que praticar aborto e fumar maconha!!
Nosso País precisa de mais liberais. Precisa de mais gente que se diga de direita e conservador, que defenda o capitalismo e as liberdades individuais, pois socialistas, progressistas e comunistas dominaram o debate, a política, a cultura e a educação! Consequência disso?
MATARAM A POLÍTICA!
Hoje fazem o que querem sem a mínima resistência ao seu projeto de poder.
Vide os bilhões gastos em Cuba, a defesa das ditaduras assassinas e o buraco para onde estão levando nosso País!
Cabe a cada um de nós trazer o debate de volta.
Claro, se já for tarde demais!

Terroristas devem ser tratados como são: malditos animais desalmados!

A imprensa mundial, hoje dominada por ideias progressistas (esquerdistas), fica publicando matérias simpáticas ao terroristas assassinos, bu...