Esse aí em cima é Mario Covas. Ao final você saberá o porquê de sua foto estar aí.
Você já deve ouvido o termo “mensalão tucano”, referente a um caso que envolveu o ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, no ano de 1998. Os fatos redundaram em um processo penal, que hoje tramita no STF, já que Eduardo Azeredo é deputado federal.
Você já deve ouvido o termo “mensalão tucano”, referente a um caso que envolveu o ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, no ano de 1998. Os fatos redundaram em um processo penal, que hoje tramita no STF, já que Eduardo Azeredo é deputado federal.
Tanto a imprensa
companheira, quanto os petistas buscaram pregar no caso o nome de “mensalão”
para tentar ludibriar as pessoas desinformadas e fazer crer que o caso se
iguala àquele em que a cúpula do PT foi condenada recentemente.
Contudo, o caso de Minas
Gerais em muito se diferencia daquele em que José Dirceu e sua turma foram
condenados, e, por isso, é chamado por quem o conhece de “Valerioduto”.
O motivo desse nome? Foi o
publicitário Marcos Valério quem inventou a modalidade de desvio de dinheiro
público para pagar contas de campanha de Eduardo Azeredo (caixa 2). Ele
inventava contratos de publicidade com o poder público, que repassava o
dinheiro às suas empresas e, que, posteriormente, seriam repassados para cobrir
as dívidas de campanha que ainda faltavam pagar.
Antes de mais nada, vamos
chamar as coisas pelo nome ok? Isso é sim crime de corrupção e peculato e, se
restar provado que Azeredo teve participação no caso ele deve ser condenado às
penas da lei, pois a justiça existe para todos.
No entanto, é picaretagem
querer igualar esse fato ao “mensalão do PT” e vamos ver os motivos:
1. Azeredo não usava o
dinheiro para comprar parlamentares e votar com seu governo, sendo que, foi
exatamente esse pagamento mensal dado pelo PT que fez com que Roberto
Jeffersson chamasse o caso de “mensalão”;
2. O “mensalão do PT” envolveu
toda sua cúpula partidária, seus altos dirigentes, de Ministro de Estado – José
Dirceu -, ao presidente do PT – José Genoíno, dentro outros. O “Valerioduto”
foi um fato localizado e envolveu, como integrante do PSDB, apenas Eduardo Azeredo,
que é réu na ação penal;
3. O “Valerioduto” era usado
por Azeredo para cobrir dívidas de campanha (de onde vocês imaginam que o PT
tirou a defesa de que se tratava de mero caixa 2?), enquanto que o “mensalão do
PT” era usado para subordinar o Poder Legislativo à vontade do Poder Executivo
em âmbito nacional, um verdadeiro golpe no princípio da divisão dos poderes da
República;
4. O golpe de Azeredo custou
8,9 milhões aos cofres de Minas Gerais, enquanto que o “mensalão do PT desviou
quase 150 milhões do dinheiro da União;
Bem.
Talvez esses fatos já bastem
para mostrar que chamar o caso de MG de mensalão é mera tática petista para
tentar dizer que todos do PSDB tão corruptos e amorais como todos do PT, mas,
outro fato nos mostra que o buraco é bem mais embaixo do que eles tentam fazer
crer.
Políticos do PSDB, do DEM ou
de qualquer outro partido de oposição não contam com uma rede de proteção na
imprensa ou com militantes que mais lembram fanáticos religiosos. De forma
alguma.
Eu que sou eleitor do PSDB,
jamais cairei no ridículo de sair para as ruas defendendo algum político quando
o mesmo estiver sendo acusado em ação penal, seja de corrupção ou de qualquer
outro crime.
Muito menos sairei dizendo
que eles são heróis, que são perseguidos ou presos políticos.
Para mim e certamente para a
totalidade das pessoas que não votam no PT, é uma grande decepção ver alguém
que você votou ou por quem tem simpatia, ser acusado e condenado de desvio de
dinheiro ou de práticas criminosas, vide o caso do ex-Senador Demóstenes
Torres.
As pessoas normais, ao se
depararem com esses casos, agem como se deve agir e tratam o político apenas e
tão somente como aquilo que é: um criminoso.
Jamais votaremos nele
novamente e ele terá nosso eterno repúdio por ter traído nossa confiança. Coisas
da democracia e de valores morais e éticos.
Nenhum político de oposição
vai para a TV confessar que praticou o crime que está sendo acusado e depois
dizer que fez isso por uma causa maior, ou mesmo será defendido por artistas e
intelectuais de esquerda que inventam mil e uma teorias para justificar os
crimes de seus companheiros.
Os políticos do PSDB e do
DEM, se se corromperem, fazem-no sabendo que existe uma lei penal e que eles estão
violando aquela norma e por isso tendem a negar qualquer prática criminosa
quando pegos.
Os do PT o fazem na certeza
de que a lei penal não se aplica a eles, pois agem em favor do partido, que,
para eles, é mais importante do que a própria sociedade.
Se os políticos da oposição
vierem a ser condenados, nada mais normal e lógico, já que violaram a lei
penal.
Quando são os petistas os
condenados, dizem que foram perseguidos pela justiça, que tiveram seus direitos
humanos violados, difamam o Poder Judiciário, o Procurador Geral da República e
procuram sempre deslegitimar a ação desse Poder da República, colocando em
risco o respeito e o funcionamento das instituições. Para eles, seus companheiros
estão acima de tudo e de todos, não podendo de forma alguma serem julgados por
outro tribunal que não seus próprios juízos.
Se algum cidadão faz críticas
pertinentes a um político pelo qual eu tenha alguma simpatia ou tenha votado,
sei que ele está exercendo um direito constitucional e praticando a saudável
liberdade de expressão.
Se esse mesmo cidadão faz
uma crítica pertinente a um político do PT é chamado de reacionário, de
burguês, fascista, nazista, de difundir o ódio e, claro, de ter raiva de pobre.
Enfim, você pode ver que há
uma diferença de tratamento quando se tratam de pessoas normais e de militantes
fanáticos.
As pessoas normais sabem
diferenciar o certo do errado e a prática correta de crimes, os militantes não!
As pessoas normais sabem
diferenciar políticos sérios de criminosos, já os militantes não tem
discernimento e tratam os criminosos como heróis.
As pessoas normais jamais
votam em um político corrupto de novo.
Os militantes petistas não
só votam como fazem campanha para ele.
Quando o PSDB ou o DEM tem
em seus quadros políticos acusados de corrupção, abrem processo administrativo
e imediatamente os expulsam do partido.
Quando o corrupto é do PT,
conta com uma rede de proteção, que vai desde a imprensa, até a própria
estrutura do partido, que busca protegê-lo e afastá-lo de qualquer exposição maior.
Para finalizar, cito como
cada um resolveu enfrentar a ditadura militar que governou o Brasil.
Os petistas, hoje no poder, defenderam
a luta armada, dizendo que só assim, poderia defender a democracia. Contudo,
sabemos que o que eles buscavam era instaurar no Brasil uma ditadura de
esquerda, nos moldes da que até hoje vige em Cuba.
Por outro
lado, cito Mário Covas, que em um lindo, emocionante e memorável discurso na Câmara
dos Deputados, sustentou que o regime militar não poderia usar da censura, da
força e da perseguição, já que dizia que buscava salvar o mundo exatamente
dessas práticas, tão comuns no regime comunista da União Soviética.
O discurso
foi feito quando os militares levaram um pedido de autorização para a Câmara
dos Deputados para processar o deputado Márcio Moreira Alves, tido como o
provador do AI-5, quando em manifestação no Congresso Nacional, convocava um boicote
às paradas militares de celebração à Semana da Pátria e solicitava às jovens
brasileiras que não namorassem oficiais do Exército.
A
aprovação do pedido era dada como certa, mas as palavras de Mário Covas, de tão
firmes e coerentes, levaram o congresso nacional a rejeitar o pedido dos
militares e, ao final, em ato histórico e emocionante, todos lá se abraçaram e
cantaram o hino nacional.
É assim
que age um democrata. Luta com as armas que a democracia lhe oferece para
defendê-la, mesmo sabendo que será cassado e exilado.
Já os
outros, buscam imediatamente subverter a ordem para tentar instaurar um regime
de exceção de forma permanente e, assim, perpetuar-se no poder, como até hoje
ocorre em Cuba.
Não. Nem todos são
iguais.