quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Marina Silva e suas práticas estilo Fernando Collor de Mello! Cuidado Brasil! Precisamos de clareza e não de obscurantismo.


Certa vez, fui convidado por um amigo a ir a uma reunião de um grupo chamado "Nova Política".
Ele me disse que lá tinham pessoas de diversas ideologias, com boas ideias e aquela coisa que ainda falta nas pessoas para mudar o Brasil.
Eu, claro, fui lá conferir.
Fiquei decepcionado com o que vi.
As palavras mais usadas pelos presentes eram "direita", claro, de forma pejorativa, junto com "reacionário".
Alguns usavam muito o termo "sonhático", que depois fui descobrir ser um neologismo (palavra nova), para se contrapor a "pragmático" e "utópico".
Nesse encontro, muitas pessoas falaram de Marina Silva como algo novo, algo bom, de que o Brasil realmente precisa. Será?
Em conversa com meu amigo, eu disse que Marina era populista, personalista, daquele tipo que se acha a única solução para algo e, se não for ela, nada mais será.
Hoje vejo que só fortaleci minha imagem sobre a ex-senadora, que não saiu do PT, não por causa dos escândalos de corrupção que assolaram  o Brasil, mas sim por divergência com a, à época, Ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. E, isso não é bom!
Marina saiu porque queria espaço para concorrer à presidência, coisa que o PT não lhe deu, já que o partido tinha nomes mais viáveis.
Foi para o PV, onde teve expressiva votação para presidente em 2010, mas saiu de lá, pois sabia que se tornou maior do que o partido.
Hoje Marina está tentando criar um partido, mas que não aceita ser chamado assim. Gosta de dizer que é uma rede de sustentabilidade!
Bom, se não for partido político ele sequer poderá concorrer à presidência de novo, já que ser filiado a um partido é requisito para isso.
Nesses dias, quando alguém chega comigo para falar sobre Marina eu sempre digo que falta clareza à ex-senadora, pois não consigo saber o que ela pensa e quais suas ideias para o Brasil. Ela fala em desenvolvimento sustentável, em outra realidade, em uma terceira via, mas nada explica.
Outros já me disseram que devo votar em marina porque ela é do norte. Nasceu no Acre e olharia para nossa região.
Sei não! Se Jader Barbalho fosse candidato à presidente você votaria nele só por ser daqui do Pará?
Eu não! É preciso bem mais do que isso.
Bem, já fui muito além do que queria dizer.
Gostaria que lessem esse artigo de Reinaldo Azevedo sobre as práticas de Marina e, vejam como ele lembra uma experiência ruim que tivemos recentemente com um tal Fernando Collor de Mello, hoje transformado em companheiro, com a reputação devidamente lavada pelo PT.
Se a história ensina, então tenhamos prudência. 

TSE define o destino da Rede, de Marina. Ou: As insuspeitadas semelhanças entre a prática da ex-senadora e um certo Fernando Collor. Ou ainda: Falsas questões sobre a política no Brasil


O TSE decide hoje o destino da Rede — ao menos para a disputa eleitoral do ano que vem. Qualquer que seja o resultado, Marina Silva participa da eleição se quiser. PEN e PPS já lhe ofereceram abrigo. O problema é que seria uma saída escancaradamente artificial, chamando atenção para algo que Marina faz questão de esconder: está tentando criar um partido com o propósito de se candidatar. Para quem fala em nome de uma “nova política”, nada poderia ser mais velho, não é mesmo?
Os “marineiros” não gostam que eu lembre, mas não posso fazer nada; os fatos gritam. Já houve um senhor antes dela que criou uma legenda com o propósito de servir a suas aspirações eleitorais. Seu nome: Fernando Collor de Mello. Seu partido: o PRN. Há diferenças, é certo, de conteúdo entre um e outro. Mas não há diferença de procedimentos.
Os respectivos discursos, sou obrigado a lembrar, guardadas as diferenças impostas pelo tempo, também têm lá suas semelhanças, embora Collor representasse, vamos dizer assim, uma espécie de messianismo destrambelhado à direita, e Marina, à esquerda. Ele também não queria conversa com políticos tradicionais — embora fosse, na origem, cria da Arena. A ex-senadora, do mesmo modo, esconjura as forças da tradição, embora, em muitos aspectos, ninguém seja mais tradicionalmente petista do que ela própria. Collor dava a entender que iria fazer e acontecer sem dar bola para o Congresso, que representaria, então, o velho Brasil contra o qual ele supostamente se insurgia. Marina, do mesmo modo, lastima que “o sociólogo (FHC) não tenha feito a reforma política, e o operário (Lula) não tenha feito a reforma trabalhista”, mas não diz como ela própria, se eleita, faria uma coisa ou outra sem o Congresso, com o qual, afinal, tanto o sociólogo como o operário tiveram de governar. Ou existirá outra maneira? Collor era do tipo que dava murro no peito. Marina parece nos dizer que bastará fazer um círculo, e a boa-vontade de homens e mulheres, então, se imporá.
Os “marineiros” não fiquem bravos. As semelhanças são evidentes, ainda que se possam atribuir a Marina virtudes verdadeiramente demiúrgicas e que Collor fosse apenas um destrambelhado. Uma coisa é certa: ninguém sabia direito o que ele queria para o Brasil, e ninguém sabe o que quer Marina. Nas vezes em que foi chamada a se posicionar sobre isso e aquilo, preferiu saídas retóricas que caem no gosto de alguns descolados, mas que nada dizem. Ainda me lembro daquela conversa de ela não ser “nem situação, nem oposição, mas ter posição”. Alguns disseram “Ohhh!!!”, como se estivessem diante de uma revelação. E sabem o que isso quer dizer? Apenas nada!
Sei que cobrar clareza de Marina vira, na política e na crônica, coisa de gente de maus bofes, que estaria querendo matar o novo. Já vivi o bastante para não cair nesse tipo de conversa. Vamos a um exemplo prático. O Brasil discutiu um Código Florestal. O texto defendido por Marina, se aplicado como ela queria, implicaria uma redução brutal na área plantada. Isso não é questão de gosto, mas de fato. A pergunta se impõe: o país poderia conviver com isso? Se eleita, ela tentaria mobilizar a máquina do governo para voltar a seu plano original? Reviu a sua posição depois disso? Ninguém sabe. Também não se conhecem suas opiniões sobre a economia brasileira, acertos e desacertos. A gente só deve entender que ela não concorda muito com o que está aí, mas também não discorda tanto.
Marina transita numa facilidade retórica, assentada, de resto, sobre uma falsa verdade. O problema do Brasil seria o permanente confronto entre PT e PSDB, e seria necessário romper essa dualidade. Ora, não existe nada mais estupidamente falso do que isso. Nos três mandatos do petismo, a oposição nunca foi capaz de fazer frente ao governo, que montou uma base de apoio gigantesca. Ouso dizer que a verdade é bem outra: o que falta no Brasil é mais polarização; o que falta no Brasil é mais clareza; o que falta no Brasil é que a oposição bata mais duro. Um dos erros dos tucanos, ao longo desses 11 anos, é justamente não ter radicalizado. O país não está meio paradão porque, sei lá, “republicanos” extremistas impedem o governo de tocar seus projetos. Uma das coisas que desgraçam o país é justamente o tamanho da base aliada. O problema principal do governo não é ter de enfrentar uma oposição organizada e coesa; o problema do governo é ter sócios demais. Assim, até mesmo essa Marina que viria como um tertius salvador nasce de uma falsa questão.
O TSE.
Já deve ter dado para perceber que ela não é a minha preferida. Mas não é por isso que deveria ter negado o registro da Rede. Se acontecer, será por outra coisa. Não tenho, sobre esse particular, muito a acrescentar ao que escrevi na manhã de ontem. A Rede não cumpriu as exigências legais para se viabilizar. Uma exceção aberta a um partido ou a uma personagem política pelo tribunal superior que cuida de eleições seria um precedente da maior gravidade.
Desde que rompeu com o Partido Verde, Marina teve quase três anos para estruturar a sua legenda. Nesse tempo, produziram-se quilômetros de perorações sobre a “nova política”, mas parece que se deixaram algumas questões práticas para mais tarde, como se essas também pudessem ser solucionadas pelas emanações demiúrgicas de Marina. E não podem. O TSE e as regras que estão aí não foram criadas para impedir a ex-senadora de organizar o seu partido. Valem também para os outros.
Lembro, caminhando para o encerramento, que Marina e os marineiros mudaram de mala e cuia para o Partido Verde. Poderiam estar lá, com tudo nos conformes. O problema é que chegaram como uma espécie de força invasora, impondo a sua vontade, na base do “ou dá ou desse”, ou “vocês aceitam ou a gente sai”. Não é um jeito muito democrático de fazer política, ainda que Marina eventualmente possa ter uma linha direta com a sabedoria universal e disponha de mecanismos que lhe permitam fazer download do divino. Do mesmo modo, cobrar que o TSE ignore a lei em nome de uma suposta legitimidade natural não é a melhor maneira de servir ao regime democrático.
A menos que se queira um TSE também sonhático…”


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